Pedalando pela Europa, por Julia Dócolas*
“Andar de bicicleta aqui na Alemanha é tão comum quanto andar de carro ou de transporte público, principalmente no verão. A bicicleta é um meio de transporte e não apenas mais um apetrecho esportivo. Além de ser mais barato, saudável, ecologicamente correto e muitas vezes mais rápido do que carro ou metrô. Exceção aqui é não ter uma bicicleta.
O fato da maioria das cidades serem planas e as ciclovias bem sinalizadas e respeitadas pelos motoristas, facilita e estimula o pessoal a pedalar. Sem falar na segurança: aqui ninguém teme ser assaltado. Dá pra andar de bicicleta a qualquer hora do dia, tranquilamente.
Mas, para andar de bici também existem regras. É obrigatório ter luz branca na frente e vermelha atrás. Quem anda no escuro e é pego pela polícia leva uma multa de 15 euros na hora. E na madrugada, não é incomum ver ciclistas fazendo teste de bafômetro.
Não importa a idade nem o gênero, todo mundo pedala por aqui. No verão, as gurias saem de vestidinho ou de sainha, sem ter medo de ouvir piadas de mau gosto da ala masculina. Os alemães encaram o corpo com mais naturalidade e sobretudo respeito, sem maliciar, como no Brasil.
Eu confesso que adoro a tranquilidade da vida aqui. Lembro de como eu era dependente do carro quando trabalhava no Brasil. Aí era aquela incomodação com flanelinhas, estacionamento, roubos e estresse.
Eu me sinto mais viva e mais jovem ao pegar a bici. Às vezes encontro meus amigos e vamos todos de bicicleta para um lago. É divertido ver aquele bando todo pedalando junto na rua. Parece coisa de filme de cidade do interior.”
“Andar de bicicleta aqui na Alemanha é tão comum quanto andar de carro ou de transporte público, principalmente no verão. A bicicleta é um meio de transporte e não apenas mais um apetrecho esportivo. Além de ser mais barato, saudável, ecologicamente correto e muitas vezes mais rápido do que carro ou metrô. Exceção aqui é não ter uma bicicleta.
O fato da maioria das cidades serem planas e as ciclovias bem sinalizadas e respeitadas pelos motoristas, facilita e estimula o pessoal a pedalar. Sem falar na segurança: aqui ninguém teme ser assaltado. Dá pra andar de bicicleta a qualquer hora do dia, tranquilamente.
Mas, para andar de bici também existem regras. É obrigatório ter luz branca na frente e vermelha atrás. Quem anda no escuro e é pego pela polícia leva uma multa de 15 euros na hora. E na madrugada, não é incomum ver ciclistas fazendo teste de bafômetro.
Não importa a idade nem o gênero, todo mundo pedala por aqui. No verão, as gurias saem de vestidinho ou de sainha, sem ter medo de ouvir piadas de mau gosto da ala masculina. Os alemães encaram o corpo com mais naturalidade e sobretudo respeito, sem maliciar, como no Brasil.
Eu confesso que adoro a tranquilidade da vida aqui. Lembro de como eu era dependente do carro quando trabalhava no Brasil. Aí era aquela incomodação com flanelinhas, estacionamento, roubos e estresse.
Eu me sinto mais viva e mais jovem ao pegar a bici. Às vezes encontro meus amigos e vamos todos de bicicleta para um lago. É divertido ver aquele bando todo pedalando junto na rua. Parece coisa de filme de cidade do interior.”
Fonte: Diário Catarinense (Somente Assinantes)
* JORNALISTA, 27 ANOS, MORADORA DE LEIPZIG, ALEMANHA
Comentário
Para esta realidade do texto acima chegar à Floripa, ainda teremos que esperar um pouco. Temos uma cidade bem plana e com alguns morros, mas a infra estrutura cicloviária ainda tem muito o que melhorar, principalmente através da criação de novas ciclovias e a interligação com as existentes, formando uma malha cicloviária que venha a cobrir boa parte da cidade.
Com mais ciclovias e consequentemente mais segurança e mais bikers nas ruas, certamente os mesmos serão mais respeitados pelos motoristas, que enxergarão os ciclistas como um componente que faz parte do trânsito ao invés do sentimento atual, que acreditam que os mesmos somente atrapalham.
Quem sabe esta expansão da bicicleta como meio de transporte não demore muito a chegar aqui na ilha e, sonhando mais além, ao Brasil todo?
Com mais ciclovias e consequentemente mais segurança e mais bikers nas ruas, certamente os mesmos serão mais respeitados pelos motoristas, que enxergarão os ciclistas como um componente que faz parte do trânsito ao invés do sentimento atual, que acreditam que os mesmos somente atrapalham.
Quem sabe esta expansão da bicicleta como meio de transporte não demore muito a chegar aqui na ilha e, sonhando mais além, ao Brasil todo?
Sou morador do Balneário por causa da Beira-Mar Continental o trânsito de bike pelo bairro é grande... Mas depois que ciclista sai da ciclovia praticamente é uma briga por espaço na rua... Graças a Deus não presencie nenhum acidente envolvendo ciclista no bairro
ResponderExcluirMoro nos Ingleses e também vejo muitos ciclistas por lá: tanto nas ciclofaixas da geral (SC-403) onde disputam espaço com os pedestres, como nas ruas, espremidos pelos carros. De vez em quando acontecem acidentes, mas nunca vi. Também vejo um trânsito razoável saindo dos Ingleses para bairros próximos (Rio Vermelho, Vargem Grande, Cachoeira do Bom Jesus, Canasvieiras) que poderia ser maior se houvesse uma ciclovia que interligasse esses locais.
ExcluirValeu pelo comentário TPR! :)