O depoimento desta semana é de um biker que conheci durante minhas pedaladas para o serviço (era a primeira pedalada dele para o trabalho).
Já conseguiu grandes progressos, inclusive tendo emagrecido bastante (quase 20 kg) e melhorando seu preparo físico.
Espero que você goste! :)
Meu nome é Carlos, tenho 26 anos, moro em Florianópolis, e venho do interior do estado de São Paulo. Cinco meses atrás eu comprei uma bicicleta, não procurando qualidade de vida, não procurando alternativas de transporte, nem nada new-age go-green, mas sim pela diversão, porque andar de bicicleta é pura diversão. Junto dela, vieram lembranças dos meus 15 anos, de quando dependia da bicicleta para o dia-a-dia de trabalho e escola, da época que cruzar a cidadezinha onde morava era um pesadelo quando andando e prático e rápido pedalando. E de quando comecei a faculdade e desandei e mergulhei de braços abertos no sedentarismo.
Não sou nenhum atleta, o que meu físico de levantador profissional de garfo e copo denuncia. Mas pedalar é algo viciante e contagiante, opinião comum entre todos os ciclistas que conheço, logo, só restava me empolgar e passar a usá-la cada vez mais. São vinte e tantos quilômetros de casa ao trabalho, cerca de 45Km ida-e-volta, e fui convidado por uma amiga para vir junto com ela, então ... por que não? De agosto para cá, adquiri o hábito, e agora venho de duas a três vezes por semana aproveitando o efeito dissipador de stress do percurso. E com frequência aleatória, faço um mountain biking de trilha para matar a saudade da emoção, e algum passeio com os amigos pelo animado norte da ilha, onde moro.
Florianópolis é uma cidade com mobilidade urbana que eu considero terrível e que tem crise de identidade quanto à bicicleta : em algumas vias públicas há ciclovias boas e bem cuidadas onde toda a família passeia alegremente, já outras são um pesadelo até para o ciclista mais experiente e corajoso. A grande maioria dos condutores faz o seu papel e respeita o ciclista, mas sempre tem o ocasional indivíduo que é mal-instruído na legislação de trânsito, ou em raros casos simplesmente um abusado e/ou incompetente.
Sempre gostei de me locomover sobre duas rodas. Tenho habilitação para motocicletas apenas e não para automóveis de quatro rodas que todo mundo tem. Hoje em dia nem pretendo fazê-la. Muito menos comprar um carro. Por que? Devo ser claustrofóbico viciado em vento no rosto e apaixonado pela diversão que só as ~cicletas proporcionam. E, sim, sou provavelmente clinicamente insano, também.
Devo muito aos meus amigos que me incentivam, cobram e divertem-se comigo, seja pedalando para ir comer pastel na praia, fazer uma volta à ilha, ou se sujar de lama. Não estou nas redes sociais da moda, mas posso ser encontrado no http://about.me/knightstalker
Christina, conhecendo a Daniela.
(Ou : se a praia tem nome próprio, porque minha bicicleta não pode?
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Muito legal o depoimento!
ResponderExcluirParabéns!
Valeu Thaís! :)
ExcluirOlá Carlos, incrivelmente seu depoimento sobre "meu primeiro pedal", título que inventei a seu respeito, tem tudo, ou quase tudo a ver comigo. Gostaria de dar meu depoimento tambem e pra voce ver como temos em comum. Até sem carro eu fico e sou sem ele, mas sem bike....jamais. Amo, sou hiper apaixonado por duas rodas sem motor. Nunca pilotei uma moto e nem quero, mas ja tive carro. Hoje nem me passa pela cabeça de comprar um. Vou dar um pra minha filha no ato da formatura dela na UFSC, mas eu não. Nem pensar. Gostaria de conhecer voce. Admiro-o por tão singela inteligencia e convicção do que realmente gosta. Viva a vida intensamente meu irmão. Isso mesmo. Com seu depoimento mais vidas serão poupadas de ataques cardiacos.
ExcluirParabens. Feliz Natal e otimo ano novo.
Valeu Aldo!
ExcluirÓtimo comentário!
Em menos de 5 meses de pedalada, já participou do audax 200km. Porque o desafio 100km a gente já fazia tranquilamente nos treinos :P
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