Segue um texto um pouco longo, mas bem interessante sobre os conflitos bikers x cachorros! :)
Ao final, conto algumas experiências próprias e, agora, divertidas, mas que na hora foram bem problemáticas.
Pra Quem Pedala - Texto Tamanduá
Tenho experiência com matilhas de cachorros por conta de meus passeios de bike pelo campo e por estradas desertas, urbanas ou rurais.
Experiência Pessoal
Caso 1 - Já tomei tombo por causa de cachorro, quando o mesmo foi assustado por uns guris e entrou na pista de rolamento, na minha frente, no momento em que eu passava. Eu caí e me ralei e ele saiu ganindo :)
Caso 2 - Pedalando por Ratones, num trecho plano, após ter pedalado vários quilômetros e por subidas íngremes, estava mantendo uma boa velocidade, quando um cachorro da raça Doberman, ao me avistar, começou a latir. Continuei pedalando numa boa, até que passei por ele e o mesmo começou a me perseguir. Comecei a pedalar mais forte, no máximo possível, mas ele se aproximava.
Era um cachorro de grande porte e uma mordida certamente faria estrago. Por mais que me esforçava, ele se aproximava rapidamente e, quando chegou ao meu lado, simplesmente 'engatou a terceira marcha' e me ultrapassou facilmente, chegando a olhar para trás, como que dizendo: 'E aí, não consegue me acompanhar?'. Ele correu por mais uns 30 metros e parou em frente a um portão onde havia um cão e começou a 'prosear' com o outro. Fui vencido pelo cão, mas pelo menos não fui mordido por ele! :)
Caso 3 - Na competição da Praia do Rosa, fiquei numa pousada próxima ao local da largada, cerca de 1,5 km. Para chegar à largada, tinha q descer por uma estrada de terra, com várias casas e muitos cachorros.
Após a prova (45 km bem puxados), estava subindo a estrada, quado um cão veio latindo. No dia anterior tinha pedalado por esta estrada e nada tinha acontecido. Mesmo assim, fiquei observando-o enquanto pedalava, mas achando que ficaria somente no latido. De repente ele encostou o focinho no meu tornozelo esquerdo. Parei a bike, olhei para ele e gritei:
- LATIR PODE, MORDER NÃO! VC TÁ DOIDO? :)
O bicho abaixou a cabeça, fingiu que não era com ele e saiu para o outro lado.
A técnica do grito funcionou!
Ah! Também já ouvi vários relatos de bikers que foram acompanhados por cães desconhecidos durante trilhas (tem até vídeos sobre uma cadela trilheira no youtube: clique aqui para ver um deles).
E você? Tem algum caso a relatar? Comente aí ! :)
Abraços!
Ao final, conto algumas experiências próprias e, agora, divertidas, mas que na hora foram bem problemáticas.
Pra Quem Pedala - Texto Tamanduá
Tenho experiência com matilhas de cachorros por conta de meus passeios de bike pelo campo e por estradas desertas, urbanas ou rurais.
Existem na verdade 3 tipos de ataques, classificados por mim (hehehe) da seguinte forma:
1º) ATAQUE FALSO: ocorre quando o(s) cachorro(s) geralmente de área rural avista algum "intruso" e deseja mostrar serviço ao dono. Então ele corre, late, mas não chega a morder, na verdade ele quer mostrar sua utilidade ao seu dono, quer mostrar que guarda bem o seu território. Na maioria das vezes tais ataques são perpetrados por cães SRD (vira-latas).
2º) MANIFESTAÇÃO RUIDOSA DE ALEGRIA: acontece quando o cachorro avista um "intruso" e corre atrás, latindo, por pura diversão e felicidade. Na grande maioria dos casos ocorre com cães de zonas rurais em locais (sítios,fazendas, estradas) onde poucas pessoas circulam a pé ou de bicicleta.
3º) ATAQUE VERDADEIRO: ocorre tanto em área urbana quanto rural, não importando a raça. Geralmente estes cães atacam carros, motos, bicicletas e transeuntes sendo que, por motivos óbvios, os dois últimos grupos são os que tem maior probabilidade de serem mordidos.
Eu mesmo tenho sido alvo, por reiteradas vezes, de um grupo de vira-latas que ficam me esperando na subida de uma estrada de terra que é caminho para a rodovia onde eu costumo treinar de bike. A primeira vez eu não desci da bicicleta e um dos cães, o menor e mais audacioso, chegou a latir a poucos centímetros do meu tornozelo direito. Evitei chutar o pobre animal, até porque na subida seria pior para mim.
Depois disto, como passo por aquele caminho pelo menos 3 vezes por semana, passei a descer da bicicleta logo no início da subida e já percebi a frustração dos cachorros!
Antes eles ficavam me aguardando chegar em um determinado ponto para sairem do mato e partirem em minha direção, agora eles vão para o meio da rua, incrédulos, e sinto que acabei com a alegria deles! Pedalando rua acima sou um alvo fácil, empurrando a bike e jogando água gelada de caramanhola neles a coisa muda de figura.
Para aqueles que como eu gostam de pedalar e tem problemas com determinados cachorros em certos trechos do percurso, aconselho fazer amizade com os animais, levando alguns biscoitos ou coisas assim. Se isto não adiantar, jogar água da garrafinha (caramanhola) no cachorro auxilia bastante, eles morrem de medo de água fria.
Cães conseguem sentir o cheiro de hormônios e odores corporais, recentemente foi publicado na imprensa que cães percebem o odor de tumores em seres humanos, podem farejar câncer e denunciar o problema com latidos. De igual modo, quando estamos com medo ou alertas, recebemos uma descarga de adrenalina na corrente sanguínea, daí dizer que o cão fareja o medo, não é de tudo mentira esta afirmação, portanto.
O que acontece é que o homem esqueceu que também é um animal e não age como tal quando enfrenta outros. Reparei que gritar bem alto com o cão em geral o deixa estupefato, ele não está preparado para tal reação dos seres humanos. Se o cão partir pra cima, deve-se gritar bem alto, um som do tipo "aaahhhhhhhh" como se fôssemos atacar o cão.
Sou radicalmente contra evitar encarar o cachorro, não devemos agir como avestruzes face ao perigo iminente. O cão deve saber que está diante de um líder alfa, fingir que o cão não existe não vai evitar o ataque dele!
Por outro lado, um ataque efetuado por cães de grande porte, matilhas ou mesmo por um único pit bull furioso deve ser encarado como risco de morte e o ideal nestes casos é evitar o confronto. Correr para a árvore mais próxima é sempre aconselhável ao chegar lá subir o mais alto possível e aguardar o cão se cansar e ir embora para só então descer.
Lembrando sempre que deve ser procurada assistência médica especializada em caso de mordida ou mesmo arranhão de algum cão desconhecido, no Brasil os postos de saúde (SUS) estão capacitados para ministrarem as medidas profiláticas (vacinas, etc) principalmente nas zonas rurais.
Caso 1 - Já tomei tombo por causa de cachorro, quando o mesmo foi assustado por uns guris e entrou na pista de rolamento, na minha frente, no momento em que eu passava. Eu caí e me ralei e ele saiu ganindo :)
raça Doberman |
Era um cachorro de grande porte e uma mordida certamente faria estrago. Por mais que me esforçava, ele se aproximava rapidamente e, quando chegou ao meu lado, simplesmente 'engatou a terceira marcha' e me ultrapassou facilmente, chegando a olhar para trás, como que dizendo: 'E aí, não consegue me acompanhar?'. Ele correu por mais uns 30 metros e parou em frente a um portão onde havia um cão e começou a 'prosear' com o outro. Fui vencido pelo cão, mas pelo menos não fui mordido por ele! :)
Caso 3 - Na competição da Praia do Rosa, fiquei numa pousada próxima ao local da largada, cerca de 1,5 km. Para chegar à largada, tinha q descer por uma estrada de terra, com várias casas e muitos cachorros.
Após a prova (45 km bem puxados), estava subindo a estrada, quado um cão veio latindo. No dia anterior tinha pedalado por esta estrada e nada tinha acontecido. Mesmo assim, fiquei observando-o enquanto pedalava, mas achando que ficaria somente no latido. De repente ele encostou o focinho no meu tornozelo esquerdo. Parei a bike, olhei para ele e gritei:
- LATIR PODE, MORDER NÃO! VC TÁ DOIDO? :)
O bicho abaixou a cabeça, fingiu que não era com ele e saiu para o outro lado.
A técnica do grito funcionou!
Ah! Também já ouvi vários relatos de bikers que foram acompanhados por cães desconhecidos durante trilhas (tem até vídeos sobre uma cadela trilheira no youtube: clique aqui para ver um deles).
E você? Tem algum caso a relatar? Comente aí ! :)
Abraços!
Bom Dia .
ResponderExcluirUm prazer encontrar um blog de Florianópolis uma cidade
linda demais.
Já estive ai a alguns anos não tive tempo para curtir muito a cidade ,mais um Dia ei de voltar.
Gostei do assunto referente aos cachorros no decorrer da voda muitos já moraram na minha casa.
Tudo que posso dizer é muito fácil entender os animais ,complicado é conviver com a humanidade.
Tenho uma cachorrinha puldo já com seus 8 anos garanto é minha melhor amiga.
Parabenizo seu trabalho no seu blog falando sobre assuntos diversos.
Convido a conhecer o meu.
Eu moro no Guarujá em outro Estado SP.
Um feliz final de semana beijos,Evanir.
Bom dia Evanir!
ExcluirFloripa tem lindas lugares para se conhecer e quase todos eles acessíveis através de bike!
Acredito que seja uma cidade com um grande potencial cicloturístico, mas que ainda não conseguiu enxergar este tipo de turista que curte conhecer a cidade pedalando. Mas, aos poucos, creio que um dia a situação melhorará.
Q bom q gostou da matéria. Tento divulgar assuntos que sejam do interesse dos bikers: sejam curiosidades, inovações, fatos, competições e tudo que possa vir a agregar. Se tiver alguma sugestão, basta falar! :)
Enquanto morava com meus pais, sempre tive cachorro em casa e ainda gosto desse bichinhos, menos quando tentam morder minha canela durante uma pedalada! :)
Faltou vc falar qual é o seu blog...
Um bom final de semana para vc também e tudo de bom.
CicloAbraços!
Hahaha, cães têm realmente uma atração doida por bikes. Amo, adoro cães e gatos, mas nunca nenhum deles conseguiu me fazer cair da bike porque assim que os avistava eu já tomava o rumo oposto! Mas uma vez, pedalando no Rio Vermelho, tava um fluxo de veículos anormal e eu não tinha pra onde fugir, cada vez que eu passava por alguma rua que cruzava a via chegava algum cachorro querendo avançar... eu fechava os olhos tipo ignorando e seguia pedalando, não aconteceu nada. Sorte!
ResponderExcluirValeu!
Bom findi,
CicloAbraços
Ontem aqui na praia de imbe RS, saí para ir ao mar pedalando pelas ruas como de costume. Entrei numa rua e quando estava no meio da quadra ouvi os latidos de um cão. Ele estava deitado na frente de uma casa, do lado de fora.Era de porte médio pra grande, peludo. Não havia ninguém na rua só eu e ele. Decidi dar meia volta mas ele continuou latindo mais intensamente, acho que se empoderou com a minha fuga e levantou se vindo na minha direção! Por sorte não foi tão perseverante e ficou para trás. Procurei dicas para estes casos e encontrei teu texto, obrigada.
ResponderExcluirQ ótimo q nada aconteceu Marília Saldanha!
ExcluirInfelizmente já tive problemas e, no momento, tenho um amigo q quebrou o dedo em virtude de tombo provocado por cachorro q estava atacando-o.
No texto tem boas dicas. Normalmente a dica para parar e também a de jogar água no cão são as q mais uso.
CicloAbraços, Biker!
Que coincidência. Procurando informações de Floripa pra pedalar e o post no face tem foto minha, de um pedal que fiz descendo a estrada da morte na Bolivia (Bicikleta - Bike & Foto). Legal rs. Bom artigo.
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