Parte final do depoimento do biker Luis Antônio S Peters. Aproveitem! :)
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Pitanga e Sandro |
Sandro e Eu (quando ainda usava capacete até para passear) |
Ainda em Curitiba, quando fiquei mais em forma e aprendi a controlar o esforço e o suor, passei a ir trabalhar de roupa normal, mesmo praticando um ciclismo veicular ou efetivo. Não sem antes instalar para lamas tradicionais na bicicleta de montanha mais adaptada para uso urbano e comprar uma outra para os passeios de fim de semana. Certa ocasião o principal jornal do Paraná fez uma entrevista comigo por telefone e enviou um fotógrafo para fazer umas fotos. Perdi a chance de pedir ao Antônio as fotos que ele tinha feito, mas acabou saindo uma na primeira página da Gazeta do Povo, eu de terno e bicicleta no meio dos carros e ao lado de um táxi, acho que deu um efeito meio impactante.
Foto Antonio Costa/Gazeta do Povo |
Preparando para sair ao trabalho em Curitiba |
Adotei a prática de carregar nos alforjes abrigo contra a chuva, para encarar tal eventualidade sem problemas com a roupa. Esse esquema funcionava bem. Era melhor do que tentar ônibus ou carro, que desencadeavam sensações claustrofóbicas nos congestionamentos e aglomerações.
Em 2010 voltei em definitivo para Florianópolis. Não ando pedalando tanto quanto eu gostaria, como revela o aumento de peso que tive desde então. Mas continuo deixando o carro mais para a saída com a família.
Audax |
Numa pedalada que estava fazendo certo dia encontrei uma ciclista de Balneário Camboriú, que estava participando do Desafio 100 km, pedalando solitariamente pelo caminho. Conversando descobrimos ter vários amigos em comum, em Brasília e em Curitiba, e como eu estava só passeando mesmo resolvi acompanhá-la até o final. A Marisa terminou o desafio com esforço e brilho e isso foi bem gratificante. Quando aconteceu o Audax 400 no segundo semestre de 2012 cumpri o desafio de 150 km numa boa. Cheguei a me inscrever em algumas competições, mas só para confirmar que esse tipo de pedal não está mais ao meu alcance, sem uma preparação adequada, que exigiria uma dedicação bem maior.
Pedal do Barquinho com o Grupo Pedal Continente |
Os grupos de pedal estruturados são interessantes, propiciam socialização e segurança pela quantidade e presença nas ruas. Só não tenho tentado me entrosar mais porque ando pedalando num ritmo menos intenso. Mas tenho alguma preocupação com o pessoal que não se liga tanto no aspecto esportivo da bicicleta, e que sofre um bocado nas nossas vias, e alguns ainda são vistos com alguma dose de preconceito pelas mais diversas razões. É preciso diluir esse aspecto e adotar posturas educativas pelo lado positivo e não da recriminação – diferentemente do que se precisa com relação aos motoristas infratores.
Grupo do Pedalua |
Minha participação é um tanto egoísta: gostaria de contar com ciclovias – no mínimo acostamentos decentes – na Osni Ortiga e na Rodovia Antonio L. M. Gonzaga, e em todas as rodovias urbanas da Ilha, como manda a lei. Gostaria de ter condições para caminhar ou para bicicletar, junto com a Angela, minha esposa, que fossem pelo menos equivalentes às condições que encontro quando saio de carro.
Enquanto esse dia não chega, Pedala Floripa! vamos pedalar, para manter o movimento e o equilíbrio geral!
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