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Gente que Pedala #25 - Albert Viveiros


Conheço o biker Albert Viveiros desde a época em que eu pedalava nas serras mineiras, junto com a galera do Grupo Bike-BH, há mais de 10 anos. Atualmente ele está pedalando no cerrado candango, na Região do Distrito Federal e, sempre que pode, pedala também nas montanhas de Minas.

No último Abril participamos da competição Desafio dos Rochas, em Pomerode - SC. Ele é uma excelente pessoa e possui, desde criança, sua vida ligada às magrelas, mantendo esta paixão até os dias atuais.

Espero que curtam mais uma história Show de Bike! :)

CicloAbraços, Biker


biker Albert Viveiros
Pedalar

Pedalar é sonho que começa no berço e nunca mais termina. Desde que nasci sempre tive comigo a paixão pela bicicleta e o prazer de estar com ela em qualquer lugar.

A história começa com os passeios na cadeirinha com vovô, quando tinha apenas três anos de idade.  Não me lembro, mas vovô contava que eu não lhe dava sossego  pedindo a todo momento  para dar uma voltinha de cadeirinha. Depois fui crescendo mirando aquela bike (Phillips - aro 28”) e não via a hora de poder pilotar aquela máquina.


Vovô em 07/09/1943, na av. Afonso Pena BH,
levando seu primeiro filho.

Em 1967 (não tenho foto) mas ele fez o
mesmo com seu primeiro neto (eu).
Minha primeira bicicleta foi da marca Bandeirantes, que também fabricava velocípedes.  Andei nela até tirar as rodinhas, os pedais, e ela foi se desmanchando até não ter mais condições de uso. Depois vieram as Monaretas, Berlinetas, e eu sem condições de adquirir uma,  dava um jeito de pedir emprestado a algum coleguinha que fosse menos desapegado às coisas materiais. 

Em 1977, trabalhando e estudando, comprei uma Monark Barra Dupla Circular. Que alegria! Minha primeira bike de verdade. E coloquei tudo nela: - retrovisor, para barro, limpa cubo, era uma papagaiada só. De tudo, o mais importante era mesmo pedalar com aquela sensação de liberdade de ir e vir.


Bicicleta Phillips aro 28'' com mais de 70 anos e com placa (equivalente a de carro)

Educação vem do berço
Seguindo a linha do tempo, as bikes foram aperfeiçoando e despertou em mim a vontade de ir mais longe numa bike speed: Caloi 10, Monark 10 e Peugeot 10,  alguém se lembra? Comprei uma Monark 10, depois montei uma bike speed com um grupo Campagnolo Victory, comprando em dólares cada um dos componentes.  Na época era difícil encontrar produtos importados em lojas, mas existia um cidadão italiano que supria nossas necessidades. 

Até 1993 pedalei de speed nas estradas onde quase não havia automóveis.  Em 1994 veio o Mountain Bike que era tudo que faltava. As bikes de montanha são muito versáteis e nos levam longe, além de que, viajar de bike, praticar o cicloturismo, é uma tremenda curtição.

Transporte de bike em trens com vagões apropriados (Alemanha)
Toda esta dedicação, amor e paixão pelas bicicletas, aproximam pessoas e vão formando grupos de amizades saudáveis.


Cada um leva o que pode
Hoje, fazendo uma retrospectiva de toda minha vida, reconheço o quanto esse veículo de duas rodas influenciou meu destino. Não se trata apenas de uma atividade de lazer, é muito mais que isto. O mundo das bikes e das pessoas que delas desfrutam esse prazer renovável a cada volta,  é riquíssimo. Por fim, digo com muita convicção: - não sei viver sem uma bike.

Até mais, fui pedalar...


Via Cláudia Augusta próximo a Füssen (Alemanha)

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