. Sugerida pela biker: Thais Safe
. Fonte: Mercado Ético - Portal Terra
. Márcia Souza para o Ciclo Vivo
Pedalando cerca de 60 km diariamente, Baptiste Dubanchet saiu da Paris, na França, e chegou até Varsóvia, na Polônia. O mais incrível é que durante todo o trajeto ele consumiu apenas os alimentos que encontrou no lixo.
“La Faim Du Monde” (A Fome do Mundo, em português) é o nome de seu projeto, que tem como objetivo denunciar o desperdício de alimentos nos países de primeiro mundo em contradição com os milhões de pessoas que passam fome. Em sua viagem, fazia parte da rota cidades como Bruxelas (Bélgica), Amsterdam (Holanda), Praga (República Checa), Berlim (Alemanha).
“A razão para eu encontrar comida suficiente é que os países industrializados são ricos o suficiente para se permitirem desperdiçar toneladas de alimentos. A comida é jogada fora só porque a embalagem está molhada ou danificada, sacos inteiros de frutas porque uma das frutas está machucada, iogurtes, queijo, entre outros produtos, são descartados por causa de datas de validade irrelevantes”, afirma o ciclista em seu blog (clique aqui para visualizar o blog).
Ambientalista e mestre em desenvolvimento sustentável, Dubanchet levou equipamentos para acampar e também usufruiu da hospedagem gratuita do sistema Couchsurfing, uma espécie de intercâmbio cultural em que pessoas desconhecidas cedem o “sofá” em troca da experiência de conviver com culturas e idiomas diferentes.
“Viajar de bicicleta tem muitas vantagens, incluindo custo e a questão ambiental. A velocidade é certamente menor do que um carro, mas ninguém me espera em Varsóvia, tenho tempo de sobra para chegar lá”, explica.
Todos os detalhes da viagem foram compartilhados em seu blog, inclusive as dificuldades. Na Holanda, por exemplo, ele teve dificuldade em encontrar comida nas ruas. Muitas vezes pedalou com o vento contrário ao movimento, chegando já muito cansado nas cidades. “Parti para Amsterdam, aliviado com a ideia de encontrar uma capital onde eu poderia descansar e, especialmente, encontrar comida”. A busca não seria tão simples como ele percebeu logo em seguida.
“Lutava para encontrar comida, passei um dia inteiro percorrendo as lojas, perguntando e procurando lixeiras que não fossem bloqueadas (sim, quase todas elas são fechadas com chave). Às vezes, eles estão acorrentados e com cadeado – há ainda modelos em que um bloqueio é integrado no lixo”, relata.
Após cinco semanas de viagem pela Europa ele percebeu que, apesar das dificuldades, era realmente possível se alimentar do resto dos alimentos deixados por outros. “Não comprei nada e me recuso aceitar o que é dado, até mesmo cerveja ou uma barra de chocolate. A única comida que eu aceito é aquela destinado a ser jogada fora ou que já tenha sido. Não escolho o que comer, e muitas vezes como alimentos crus, ou machucados, mas até hoje não fiquei doente. Tenho comida todos os dias, mesmo que às vezes seja apenas pão”, conta o ambientalista.
Ao final ele chegou até Varsóvia completando quase cinco mil quilômetros percorridos.
“Alimentar-se de comida do lixo não é o caminho certo para combater o desperdício, mas esta é a única maneira que encontrei para tentar denunciar este flagelo que mata milhões de pessoas, ameaça nosso meio ambiente e desperdiça bilhões de euros”.
. Fonte: Mercado Ético - Portal Terra
. Márcia Souza para o Ciclo Vivo
Pedalando cerca de 60 km diariamente, Baptiste Dubanchet saiu da Paris, na França, e chegou até Varsóvia, na Polônia. O mais incrível é que durante todo o trajeto ele consumiu apenas os alimentos que encontrou no lixo.
“La Faim Du Monde” (A Fome do Mundo, em português) é o nome de seu projeto, que tem como objetivo denunciar o desperdício de alimentos nos países de primeiro mundo em contradição com os milhões de pessoas que passam fome. Em sua viagem, fazia parte da rota cidades como Bruxelas (Bélgica), Amsterdam (Holanda), Praga (República Checa), Berlim (Alemanha).
“A razão para eu encontrar comida suficiente é que os países industrializados são ricos o suficiente para se permitirem desperdiçar toneladas de alimentos. A comida é jogada fora só porque a embalagem está molhada ou danificada, sacos inteiros de frutas porque uma das frutas está machucada, iogurtes, queijo, entre outros produtos, são descartados por causa de datas de validade irrelevantes”, afirma o ciclista em seu blog (clique aqui para visualizar o blog).
Ambientalista e mestre em desenvolvimento sustentável, Dubanchet levou equipamentos para acampar e também usufruiu da hospedagem gratuita do sistema Couchsurfing, uma espécie de intercâmbio cultural em que pessoas desconhecidas cedem o “sofá” em troca da experiência de conviver com culturas e idiomas diferentes.
“Viajar de bicicleta tem muitas vantagens, incluindo custo e a questão ambiental. A velocidade é certamente menor do que um carro, mas ninguém me espera em Varsóvia, tenho tempo de sobra para chegar lá”, explica.
Todos os detalhes da viagem foram compartilhados em seu blog, inclusive as dificuldades. Na Holanda, por exemplo, ele teve dificuldade em encontrar comida nas ruas. Muitas vezes pedalou com o vento contrário ao movimento, chegando já muito cansado nas cidades. “Parti para Amsterdam, aliviado com a ideia de encontrar uma capital onde eu poderia descansar e, especialmente, encontrar comida”. A busca não seria tão simples como ele percebeu logo em seguida.
“Lutava para encontrar comida, passei um dia inteiro percorrendo as lojas, perguntando e procurando lixeiras que não fossem bloqueadas (sim, quase todas elas são fechadas com chave). Às vezes, eles estão acorrentados e com cadeado – há ainda modelos em que um bloqueio é integrado no lixo”, relata.
Após cinco semanas de viagem pela Europa ele percebeu que, apesar das dificuldades, era realmente possível se alimentar do resto dos alimentos deixados por outros. “Não comprei nada e me recuso aceitar o que é dado, até mesmo cerveja ou uma barra de chocolate. A única comida que eu aceito é aquela destinado a ser jogada fora ou que já tenha sido. Não escolho o que comer, e muitas vezes como alimentos crus, ou machucados, mas até hoje não fiquei doente. Tenho comida todos os dias, mesmo que às vezes seja apenas pão”, conta o ambientalista.
Ao final ele chegou até Varsóvia completando quase cinco mil quilômetros percorridos.
“Alimentar-se de comida do lixo não é o caminho certo para combater o desperdício, mas esta é a única maneira que encontrei para tentar denunciar este flagelo que mata milhões de pessoas, ameaça nosso meio ambiente e desperdiça bilhões de euros”.
Lindo, né?
ResponderExcluiradorei a reportagem e obrigada por descobrir o blog dele!
;))
grande abraço!
Eu é q agradeço por ter colaborado com este assunto tão importante e interessante! Inclusive já incluí os créditos da biker q sugeriu esta publicação! :)
ExcluirValeu e CicloAbraços! :)