Fonte: Prólogo Ativo
Depois de cerca de seis meses de obras para adaptação, a avenida símbolo da cidade de São Paulo teve, na manhã do último domingo (28 de junho), a inauguração da ciclovia da Paulista, um marco para a mobilidade urbana.
Com o endereço interditado para carros a partir das 10 h da manhã, todo o espaço foi liberado para milhares de ciclistas e pedestres, que pedalaram, passearam e até correram para celebrar a entrega do local destinado aos ciclistas na região central de São Paulo. Parecia, até, que a avenida era um grande parque.
Para oficializar a entrega da ciclovia, o prefeito da cidade, Fernando Haddad, esteve presente no local, quando pedalou por toda a extensão da via exclusiva para bicicletas e foi aplaudido e festejado pelos cicloativistas que tomaram a região em sinal de apoio à medida.
A muito aguardada ciclovia ocupa o canteiro central da avenida, percurso plano, com 2.7 km de extensão e que dá acesso a várias regiões da cidade, já que ela se estende da praça Oswaldo Cruz (Paraíso) à Consolação. Na altura da rua Haddock Lobo, se dá o término da via no canteiro central, que continua na faixa da esquerda até a rua da Consolação e segue à direita entre a Consolação e a avenida Angélica. Contabilizando este trecho, já são 334,9 km de ciclovias em toda a capital paulista feitas durante a gestão de Haddad.
Com a nova faixa, a segurança dos ciclistas na região central da cidade também será facilitada, já que a avenida Paulista era vista como um local perigoso a bike. Nela, morreram os ciclistas Marlon Moreira em 2014, Juliana Dias em 2012 e Marcia Prado em 2009. Há dois anos, David de Souza, de 23 anos, perdeu um braço após ser atropelado.
Por conta disso, aliás, diversos ciclistas pedalaram pela ciclovia com balões brancos pendurados em suas magrelas, um pedido de melhor convivência entre carros e bicicletas nas diversas regiões da cidade. Dentre eles estava Pedro Vasconcelos, formado em tecnologia da informação, 29 anos, um amante do ciclismo e que faz parte, inclusive, do projeto Bike Anjo, que ensina adultos a andarem de bicicleta. “Este é um momento muito importante tanto para São Paulo, quanto para o Brasil. Apesar de ainda ser um espaço restrito, tem muito ciclista que passa pela Paulista, e ter um local destinado para isso é importante para a nossa segurança. É um marco para quem curte pedalar e também uma possibilidade de mudanças para a mobilidade urbana”, avalia.
Vasconcelos pedala desde os três anos de idade e sempre tem na bike um meio de transporte, já que ia para escola em sua magrela. “Depois disso, parei um pouco de pedalar, mas faz quatro anos que voltei com força total e vou para todos os lugares de bicicleta. Hoje, quando não estou com a minha bike, uso o transporte público. Raramente, pego o carro para algo, apenas quando preciso levar meus pais em algum lugar. Para mim, a bicicleta é sempre o melhor meio de transporte.”
Marco Aurélio Braun, biker, 50 anos, é outro entusiasta das duas rodas e também não poderia estar de fora da data comemorativa em São Paulo. “Este é um momento muito importante para a mobilidade urbana. Principalmente para mim, que tenho um amor enorme pela bicicleta. Ajudo pessoas que querem começar a andar de bike, e também dou cursos de mecânica para quem não entende muito de bicicletas e não quer passar por apuros no meio do caminho. O mais importante é a necessidade de saber se comportar no trânsito”, conta. Para Braun, primeiro a bike deve ser vista como uma diversão, mas, ao decidir usá-la como meio de transporte é preciso, também, saber como se comportar. “O biker precisa saber do código de trânsito. É isso que faz com que não aconteçam acidentes”, avalia.
Nem todos os presentes, entretanto, usam a bicicleta como forma de se locomover por São Paulo. Mesmo assim, gostam de pedalar aos fins de semana e veem na ciclovia uma ótima iniciativa para se exercitar. Esse é o caso de André de Oliveira, designer, 38 anos. “Eu sempre pedalei, desde criança. Mas na minha época era tudo muito diferente. Poder vivenciar este momento tão importante para São Paulo é incrível, pois a nossa cidade está se tornando muito mais amigável, além de investir cada vez mais no esporte, na cultura e no lazer. Fico feliz com tudo isso e, certamente, vou aproveitar esse espaço para dar as minhas pedaladas.”
Caroline Arice, jornalista, 27 anos, chegou cedo à Paulista para aproveitar cada minuto da inauguração da ciclovia. “Não poderia perder esse momento histórico. Estou até chateada por não estar de bike. Ontem à noite, quando estava me programando para estar aqui na manhã deste domingo, até pensei em comprar uma nova bicicleta para poder aproveitar a festança. Na hora, achei que a ideia era impulsiva, mas agora me arrependo por não ter comprado a magrela. Certamente, voltarei à loja para aproveitar sempre que possível esse espaço tão bacana bem no coração de São Paulo. E torço para que todos os fins de semana a avenida seja fechada para que possamos aproveitar este clima bom sempre.”
Em tempo: a obra custou R$ 12,2 milhões aos cofres públicos, no trecho entre as avenidas Paulista e Bernardino de Campos, incluindo a instalação de dutos para a passagem de fibra ótica sob a pista.
Ao lado de milhares de pessoas, Fernando Haddad celebra a mobilidade urbana com a inauguração da ciclovia da Paulista
Depois de cerca de seis meses de obras para adaptação, a avenida símbolo da cidade de São Paulo teve, na manhã do último domingo (28 de junho), a inauguração da ciclovia da Paulista, um marco para a mobilidade urbana.
Com o endereço interditado para carros a partir das 10 h da manhã, todo o espaço foi liberado para milhares de ciclistas e pedestres, que pedalaram, passearam e até correram para celebrar a entrega do local destinado aos ciclistas na região central de São Paulo. Parecia, até, que a avenida era um grande parque.
Para oficializar a entrega da ciclovia, o prefeito da cidade, Fernando Haddad, esteve presente no local, quando pedalou por toda a extensão da via exclusiva para bicicletas e foi aplaudido e festejado pelos cicloativistas que tomaram a região em sinal de apoio à medida.
A muito aguardada ciclovia ocupa o canteiro central da avenida, percurso plano, com 2.7 km de extensão e que dá acesso a várias regiões da cidade, já que ela se estende da praça Oswaldo Cruz (Paraíso) à Consolação. Na altura da rua Haddock Lobo, se dá o término da via no canteiro central, que continua na faixa da esquerda até a rua da Consolação e segue à direita entre a Consolação e a avenida Angélica. Contabilizando este trecho, já são 334,9 km de ciclovias em toda a capital paulista feitas durante a gestão de Haddad.
Com a nova faixa, a segurança dos ciclistas na região central da cidade também será facilitada, já que a avenida Paulista era vista como um local perigoso a bike. Nela, morreram os ciclistas Marlon Moreira em 2014, Juliana Dias em 2012 e Marcia Prado em 2009. Há dois anos, David de Souza, de 23 anos, perdeu um braço após ser atropelado.
Por conta disso, aliás, diversos ciclistas pedalaram pela ciclovia com balões brancos pendurados em suas magrelas, um pedido de melhor convivência entre carros e bicicletas nas diversas regiões da cidade. Dentre eles estava Pedro Vasconcelos, formado em tecnologia da informação, 29 anos, um amante do ciclismo e que faz parte, inclusive, do projeto Bike Anjo, que ensina adultos a andarem de bicicleta. “Este é um momento muito importante tanto para São Paulo, quanto para o Brasil. Apesar de ainda ser um espaço restrito, tem muito ciclista que passa pela Paulista, e ter um local destinado para isso é importante para a nossa segurança. É um marco para quem curte pedalar e também uma possibilidade de mudanças para a mobilidade urbana”, avalia.
Vasconcelos pedala desde os três anos de idade e sempre tem na bike um meio de transporte, já que ia para escola em sua magrela. “Depois disso, parei um pouco de pedalar, mas faz quatro anos que voltei com força total e vou para todos os lugares de bicicleta. Hoje, quando não estou com a minha bike, uso o transporte público. Raramente, pego o carro para algo, apenas quando preciso levar meus pais em algum lugar. Para mim, a bicicleta é sempre o melhor meio de transporte.”
Marco Aurélio Braun, biker, 50 anos, é outro entusiasta das duas rodas e também não poderia estar de fora da data comemorativa em São Paulo. “Este é um momento muito importante para a mobilidade urbana. Principalmente para mim, que tenho um amor enorme pela bicicleta. Ajudo pessoas que querem começar a andar de bike, e também dou cursos de mecânica para quem não entende muito de bicicletas e não quer passar por apuros no meio do caminho. O mais importante é a necessidade de saber se comportar no trânsito”, conta. Para Braun, primeiro a bike deve ser vista como uma diversão, mas, ao decidir usá-la como meio de transporte é preciso, também, saber como se comportar. “O biker precisa saber do código de trânsito. É isso que faz com que não aconteçam acidentes”, avalia.
Nem todos os presentes, entretanto, usam a bicicleta como forma de se locomover por São Paulo. Mesmo assim, gostam de pedalar aos fins de semana e veem na ciclovia uma ótima iniciativa para se exercitar. Esse é o caso de André de Oliveira, designer, 38 anos. “Eu sempre pedalei, desde criança. Mas na minha época era tudo muito diferente. Poder vivenciar este momento tão importante para São Paulo é incrível, pois a nossa cidade está se tornando muito mais amigável, além de investir cada vez mais no esporte, na cultura e no lazer. Fico feliz com tudo isso e, certamente, vou aproveitar esse espaço para dar as minhas pedaladas.”
Caroline Arice, jornalista, 27 anos, chegou cedo à Paulista para aproveitar cada minuto da inauguração da ciclovia. “Não poderia perder esse momento histórico. Estou até chateada por não estar de bike. Ontem à noite, quando estava me programando para estar aqui na manhã deste domingo, até pensei em comprar uma nova bicicleta para poder aproveitar a festança. Na hora, achei que a ideia era impulsiva, mas agora me arrependo por não ter comprado a magrela. Certamente, voltarei à loja para aproveitar sempre que possível esse espaço tão bacana bem no coração de São Paulo. E torço para que todos os fins de semana a avenida seja fechada para que possamos aproveitar este clima bom sempre.”
Em tempo: a obra custou R$ 12,2 milhões aos cofres públicos, no trecho entre as avenidas Paulista e Bernardino de Campos, incluindo a instalação de dutos para a passagem de fibra ótica sob a pista.
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