Seja pela maior flexibilidade delas ou pela testosterona deles, são muitas as peculiaridades entre os gêneros que fazem diferença na performance na bike
Fonte: Prólogo Ativo por Ana Paula de Oliveira
Mulheres e homens são diferentes, a gente sabe muito bem. Mas essas diferenças também são relevantes quando falamos de ambos os gêneros sobre a bicicleta, pois elas têm influência direta em relação à performance na bike. Seja pela maior flexibilidade delas ou pela testosterona deles, as peculiaridades são muitas. Confira:
Aspectos fisiológicos
* Por causa da menor quantidade de testosterona (hormônio predominantemente masculino) e glóbulos vermelhos, as mulheres têm menor força muscular e menos resistência em provas de longa distância;
* Por terem menor massa óssea e corporal, no entanto, elas tendem a ser mais leves, o que acaba sendo uma vantagem, sobretudo na hora de encarar subidas. Porém devem tomar cuidado com o fato de serem mais propensas a acumular gordura (principalmente nas coxas e quadris), o que pode reverter essa vantagem;
* A fato de as mulheres terem menor índice de massa muscular e maior propensão ao acúmulo de tecido adiposo faz com que elas apresentem um gasto energético menor em relação ao homem em um mesmo exercício;
* O ciclo menstrual feminino desencadeia mudanças hormonais, que propiciam o estresse fisiológico e psicológico, podendo interferir no desempenho físico. Após esse período, entretanto, a mulher pode atingir um melhor rendimento em razão da maior concentração de estrogênio (hormônio predominantemente feminino) e de noroadrenalina (neurotransmissor que melhora o humor e com isso aumenta a motivação);
* O corpo da mulher é mais flexível, o que favorece uma posição mais aerodinâmica sobre bike, além de facilitar a tarefa de mantê-la por um tempo prolongado.
Aspectos psicológicos
* A testosterona faz com que o homem seja mais agressivo e explosivo, enquanto o estrogênio faz com que a mulher tenha um temperamento mais suave e sereno;
* Por conta dessa diferença hormonal, eles costumam encarar um desafio motivados por orgulho, coragem e enfrentamento. Elas, ao contrário, são movidas a elogio, valorização, reconhecimento e, principalmente, acolhimento nos momentos em que o desempenho não foi o esperado;
* Normalmente os homens têm uma relação saudável com técnicos conhecidos como exigentes e durões, e conseguem alta performance com esse perfil de liderança. Por outro lado as mulheres costumam lidar melhor com treinadores flexíveis, que conciliam abordagens assertivas com afetivas;
* Mulheres costumam pensar e agir com mais determinação e obstinação, especialmente em longas distâncias. Já para os homens, o que importa é ser o mais forte e o mais rápido.
(Fontes: José Rubens D’Elia, treinador e fisiologista especializado em ciclismo e autor do livro “Treinamento, Fisiologia e Biomecânica – Ciclismo”, Marcos Paulo Reis, treinador de corrida e ciclismo, diretor técnico da MPR Assessoria Esportiva, Tatiana Bassi, fundadora da Route Ladies e Bruce Gottlieb, psicólogo esportivo que trabalha com atletas de endurance)
Nenhum comentário